Cari compagni,
Il Partito Comunista Portoghese invia un caloroso saluto al IV Congresso del Partito Comunista (Italia) e, per vostro mezzo, ai suoi militanti, fiducioso che le loro deliberazioni rafforzeranno il vostro Partito e il suo ruolo nella lotta ai diritti, agli interessi e alle aspirazioni dei lavoratori e del popolo italiano, per la causa della pace, del progresso sociale, del socialismo.
I lavoratori e il popolo vivono oggi giorni di grande complessità e ansia. L’offensiva dell’imperialismo scatenata dopo la fine dell’Unione Sovietica e dei paesi socialisti in Europa ha portato l’umanità alla soglia di una immane catastrofe. Tre decenni di guerre e sistematiche violazioni del diritto internazionale da parte degli Stati Uniti, della NATO e dell’Unione Europea, hanno dimostrato l’essenza dell’imperialismo: un sistema di esplorazione e dominio, basato sull’aggressione e l’oppressione. Ma l’offensiva dell’imperialismo raggiunge ora vette ancora più gravi e qualitativamente nuove. L’imperialismo promuove un’escalation sempre più pericolosa del confronto e della guerra contro la Federazione Russa e il confronto con la Repubblica popolare cinese. Il pericolo di una guerra di grandi proporzioni è molto reale. Disposto a ricolonizzare il pianeta e soggiogare i popoli e tutte le sfere della vita alla legge del profitto e del saccheggio, a sfidare la sovranità e il diritto allo sviluppo di due popoli e paesi, a seconda della profondità della crisi strutturale del capitalismo, incluso i centri principali, USA, UE e Giappone, pone l’Umanità sotto una seria minaccia.
Parte integrante e determinante di questa offensiva dell’imperialismo è l’attacco ai diritti e alle condizioni di vita della classe operaia, di tutti i lavoratori e degli altri strati non monopolistici. Nel nostro continente, l’Unione Europea è il motore dell’offensiva contro le conquiste e il tenore di vita dei lavoratori e dei poveri, confermando la loro natura di classe e la loro inclinazione sempre più antidemocratica, sempre più militarista e guerrafondaia, ogni volta più infeudata alla strategia del confronto e della guerra degli USA. Nel recente passato, entrambi conosciamo bene il ruolo e la natura di questa UE, ora di nuovo evidenziati dai diffusi attacchi contro i diritti, le condizioni di vita e di lavoro. Una volta sotto il pretesto della crisi finanziaria o della pandemia, ora col pretesto della guerra ucraina.
L’offensiva contro i lavoratori e i poveri è tanto più sconvolgente in quanto accompagnata da una politica di arricchimento senza limiti per una minoranza sempre più esigua e di finanziamento illimitato del grande capitale finanziario, immerso in una spirale di crisi senza fine e ogni volta più speculativo, parassitario e distaccato dalla realtà produttiva e dai bisogni dei poveri.
In Portogallo, il PCP lavora duramente per rafforzare la resistenza e la lotta dei lavoratori e del popolo portoghese contro la politica di diretta e totale infeudazione del Portogallo all’UE e di USA/NATO. Cresce la lotta nei luoghi di lavoro e sulle strade, come è stato evidente nella grande manifestazione di 100mila lavoratori, indetta dal grande Centro sindacale intersindacale nazionale, CGTP, il 18 marzo, a Lisbona. Sappiamo che lo sviluppo della lotta richiede un approfondimento simultaneo del legame tra il nostro Partito e i lavoratori e il popolo, il suo rafforzamento organico e il suo intervento, per il quale siamo profondamente impegnati. Come i lavoratori e il popolo, il PCP continua a confidare nella lotta per un’alternativa patriottica e di sinistra, che apra la strada a una democrazia avanzata con i valori della rivoluzione di aprile, del socialismo.
È dall’organizzazione e dallo sviluppo delle lotte sociali e politiche in ogni paese, dalla loro crescente solidarietà reciproca, che emergerà come impulso per una crescente affermazione del ruolo della classe operaia e di tutti i lavoratori, delle loro organizzazioni di classe, come fattore indispensabile nella costruzione, un vasto fronte antimperialista, capace di riunire le forze che aspirano alla pace, che si oppongono allo sfrenato bellicismo dell’imperialismo, che difendono la sovranità dei popoli e dei paesi, che lottano per un futuro migliore. Un fronte per il quale il movimento comunista e rivoluzionario internazionale assume un ruolo decisivo. Il PCP è determinato a contribuire al rafforzamento, alla cooperazione e all’unità d’azione del movimento comunista e rivoluzionario internazionale e alla costruzione di un ampio fronte antimperialista che possa arrestare la corsa nell’abisso dell’imperialismo e assicurare un futuro di pace e progresso sociale.
Augurandoci il successo del vostro Congresso, ribadiamo la nostra volontà di sviluppare relazioni amichevoli tra i nostri due Partiti.
23 marzo 2023
Il Comitato Centrale di
Partito Comunista Portoghese
ao IV Congresso do Partido Comunista (Itália)
Caros camaradas,
O Partido Comunista Português envia calorosas saudações ao IV Congresso do Partido Comunista (Itália) e, por vosso intermédio, aos seus militantes, confiante que as suas deliberações possam reforçar o vosso Partido e o seu papel na luta pelos direitos, interesses e aspirações dos trabalhadores e povo italiano, em prol da causa da paz, do progresso social, do socialismo.
Os trabalhadores e os povos vivem hoje dias de grande complexidade e exigência. A ofensiva do imperialismo desencadeada após o fim da União Soviética e dos países socialistas na Europa conduziu a Humanidade até ao limiar duma enorme catástrofe. Três décadas de guerras e de sistemática violação do direito internacional por parte dos EUA, da NATO e da União Europeia, demonstraram a essência do imperialismo: um sistema de exploração e dominação, assente na agressão e na opressão. Mas a ofensiva do imperialismo atinge hoje patamares ainda mais graves e qualitativamente novos. O imperialismo promove uma cada vez mais perigosa escalada de confrontação e guerra contra a Federação Russa e de confrontação com a República Popular da China. O perigo duma guerra de grandes proporções é bem real. A vontade de recolonizar o planeta e submeter os povos e todas as esferas da vida à lei do lucro e da pilhagem, a recusa em aceitar a soberania e direito ao desenvolvimento dos povos e países, a par do aprofundamento da crise estrutural do capitalismo, incluindo nos seus principais centros, EUA, UE e Japão, coloca a Humanidade perante uma séria ameaça.
Parte integrante e determinante desta ofensiva do imperialismo, é o ataque aos direitos e condições de vida da classe operária, de todos os trabalhadores e de outras camadas não monopolistas. No nosso continente, a União Europeia é o motor da ofensiva contra as conquistas e os níveis de vida dos trabalhadores e dos povos, confirmando a sua natureza de classe e o seu pendor cada vez mais anti-democrático, cada vez mais militarista e belicista, cada vez mais enfeudado à estratégia de confrontação e guerra dos EUA. No passado recente os nossos dois povos conheceram bem o papel e a natureza desta UE, hoje de novo em evidência nos ataques generalizados contra os direitos, as condições de vida e de trabalho. Ontem a pretexto da crise financeira ou da pandemia, hoje a pretexto da guerra da Ucrânia.
A ofensiva contra os trabalhadores e os povos é tanto mais chocante quanto é acompanhada pela política de enriquecimento sem limites duma minoria cada vez mais pequena e de financiamentos ilimitados ao grande capital financeiro, submergido numa espiral de crises sem fim e cada vez mais especulativo, parasitário e desligado da realidade produtiva e das necessidades dos povos.
Em Portugal, o PCP trabalha afincadamente para fortalecer a resistência e luta dos trabalhadores e do povo português contra a política de direita e de total enfeudamento de Portugal aos ditames da UE e dos EUA/NATO. Cresce a luta, nas empresas e nas ruas, como ficou patente na grande manifestação de 100 mil trabalhadores, convocada pela grande central sindical CGTP – Intersindical Nacional, no passado dia 18 de Março, em Lisboa. Sabemos que o desenvolvimento da luta exige um simultâneo aprofundamento da ligação do nosso Partido aos trabalhadores e ao povo, o seu reforço orgânico e da sua intervenção, no qual estamos profundamente empenhados. Com os trabalhadores e o povo, o PCP continua confiante na luta por uma alternativa patriótica e de esquerda, que abra caminho a uma democracia avançada com os valores da revolução de abril, pelo socialismo.
É da organização e desenvolvimento das lutas sociais e políticas em cada país, da sua crescente solidariedade mútua, que surgirá o ímpeto para uma afirmação crescente do papel da classe operária e de todos os trabalhadores, das suas organizações de classe, como factor indispensável na construção duma vasta frente anti-imperialista, capaz de congregar as forças que aspiram à paz, que se opõem ao belicismo desenfreado do imperialismo, que defendem a soberania dos povos e dos países, que lutam por um futuro melhor. Uma frente para a qual o movimento comunista e revolucionário internacional assume um papel determinante. O PCP está determinado a contribuir para o fortalecimento, cooperação e unidade de acção do movimento comunista e revolucionário internacional, e para a construção de uma ampla frente anti-imperialista que possa deter a corrida ao abismo do imperialismo e assegurar um futuro de paz e progresso social.
Desejando votos de sucesso para o vosso Congresso, reiteramos a nossa vontade de desenvolver as relações de amizade entre os nossos dois Partidos.
23 de Março de 2023
O Comité Central do
Partido Comunista Português
dear comrades,
The Portuguese Communist Party sends warm greetings to the 4th Congress of the Communist Party (Italy) and, through you, to its militants, confident that their deliberations will strengthen your Party and its role in the struggle for the rights, interests and aspirations of the workers and people of Italy, for the cause of peace, social progress and socialism.
The workers and the people live today days of great complexity and anxiety. The offensive of imperialism unleashed after the end of the Soviet Union and the socialist countries in Europe has brought humanity to the threshold of an immense catastrophe. Three decades of wars and systematic violations of international law by the US, NATO and the EU have demonstrated the essence of imperialism: a system of exploration and domination, based on aggression and oppression. But imperialism’s offensive now reaches even greater and qualitatively new heights. Imperialism is promoting an increasingly dangerous escalation of confrontation and war against the Russian Federation and confrontation with the People’s Republic of China. The danger of a war of great proportions is very real. Willing to recolonise the planet and subjugate peoples and all spheres of life to the law of profit and plunder, to challenge the sovereignty and right to development of two peoples and countries, depending on the depth of the structural crisis of capitalism, including the main centres, the US, EU and Japan, places Humanity under serious threat.
An integral and decisive part of this offensive of imperialism is the attack on the rights and living conditions of the working class, all workers and other non-monopoly strata. On our continent, the EU is the engine of the offensive against the achievements and living standards of the workers and the poor, confirming their class-based nature and their increasingly anti-democratic, militarist and warmongering inclination, each time more and more beholden to the US strategy of confrontation and war. In the recent past, we are both familiar with the role and nature of this EU, now again highlighted by the widespread attacks on rights, living and working conditions. Once under the pretext of the financial crisis or the pandemic, now under the pretext of the Ukrainian war.
The offensive against workers and the poor is all the more shocking because it is accompanied by a policy of unlimited enrichment for an ever-diminishing minority and unlimited financing of big financial capital, immersed in an endless spiral of crisis and each time more speculative, parasitic and detached from productive reality and the needs of the poor.
In Portugal, the PCP is working hard to strengthen the resistance and struggle of the Portuguese workers and people against the policy of direct and total feudalisation of Portugal to the EU and US/NATO. The struggle is growing in the workplaces and on the streets, as was evident in the large demonstration of 100,000 workers, called by the large national inter-union centre, CGTP, on 18 March, in Lisbon. We know that the development of the struggle requires a simultaneous deepening of the link between our Party and the workers and the people, its organic strengthening and intervention, to which we are deeply committed. Like the workers and the people, the CPP remains committed to the struggle for a patriotic and left-wing alternative that opens the way to an advanced democracy with the values of the April Revolution, of socialism.
It is from the organisation and development of the social and political struggles in each country, from their growing mutual solidarity, that will emerge as the impetus for a growing affirmation of the role of the working class and all workers, of their class organisations, as an indispensable factor in the construction of a vast anti-imperialist front, capable of uniting the forces that aspire to peace, that oppose the unbridled bellicism of imperialism, that defend the sovereignty of peoples and countries, that fight for a better future. A front for which the international communist and revolutionary movement plays a decisive role. The CPP is determined to contribute to the strengthening, cooperation and unity of action of the international communist and revolutionary movement and to the building of a broad anti-imperialist front that can halt the race into the abyss of imperialism and ensure a future of peace and social progress.
Wishing the success of your Congress, we reaffirm our will to develop friendly relations between our two Parties.
23 March 2023
The Central Committee of
Portuguese Communist Party